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Cap. 204

Lucretia já está mais recomposta e, apesar de não conseguir andar, auxilia Isabel Maria a cuidar dos clientes e empregados do Elle pegos no atentado terrorista promovido por Ted Tex.

O xerife Austin se aproxima: — Vejo que a senhora é dura na queda. Aliás, aquele delegado Augustus estava morrendo envenenado quando o vi e, hoje, já está liderando uma perseguição a um criminoso perigoso.

Lucretia sorri, tentando não mostrar muito seu rosto.

Austin continua: — E o meu amigo xerife? O que aconteceu com ele?

Lucretia: — Nós fomos até o rancho dos Smiths, aquele rapaz é ferreiro, e acabamos sendo emboscados lá por um grupo de bandidos vestidos com capuzes brancos. Demos um fim neles, mas Wayne caiu de cima de um celeiro e machucou as costas.

Austin: — Minha nossa!

Lucretia: — Então, voltamos para cá e aquele maldito explodiu meu estabelecimento. Não fosse a força e coragem do senhor Joachim, Wayne estaria morto naqueles escombros.

Austin: — Agora me sinto envergonhado por enviar Henry com seus delegados ao invés de um homem melhor.

Lucretia: — Ele não é bom?

Austin: — Digamos que enviei alguém que não fará falta se não voltar.

Lucretia: — Entendo. Acredito que muita gente aqui pense o mesmo em relação aos nossos delegados.

Falando em delegados, os três seguem pelo território Pé Preto há algum tempo quando Augustus pergunta a Cobra Traiçoera: — Você ainda está no rastro deles?

Cobra, espantado: — Eu? Pensei que estivesse seguindo você. Foi você quem disse que eles vieram para o norte.

Augustus: — Ele saiu rumo ao norte, mas não seu se continuou indo para o norte.

Henry, entediado e querendo escapar da situação: — Então, nós estamos indo para o meio de um monte de selvagens, que não gostam de invasores, sem nem mesmo saber se estamos na direção certa?

Cobra desce do cavalo e anda até uma árvore.

Augustus se anima: — Vai restreá-los agora?

Cobra, indignado: — Eu vou mijar. Não sei o que vocês brancos pensam, mas nós, nativos, não falamos com as árvores.

— Eu falo! – contesta Lua da Raposa, saindo da mata e fazendo seu neto gritar fino e urinar nas calças.
 

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